Casa do Benfica de Viseu já prepara estreia nos nacionais
Numa entrevista com Fernando Albuquerque, ao jornal do centro pode ler-se,
Criada há 15 anos, a Casa do Benfica de Viseu foi esta época convidada a integrar a II Divisão nacional de futsal, depois da impossibilidade de subida do Rio de Moinhos e da recusa do Sp. Lamego. A construção do plantel, os objetivos para a temporada, os apoios financeiros e a realidade do clube são alguns dos temas da conversa com Fernando Albuquerque, o presidente e treinador da equipa sénior das “águias” de Viseu.
Esta é a estreia do clube nos nacionais de futsal...
Foi um feito termos conseguido atingir um objetivo que já tínhamos há alguns anos que ainda não tinha sido concretizado.
Como foi crescendo a equipa de futsal?
Na Casa do Benfica apostámos no futsal como modalidade rainha. Nos primeiros anos tivemos futsal masculino, mas só por recriação e há uns 10 anos investimos no futsal de formação, onde hoje temos todos os escalões. Há meia dúzia de anos começámos a apostar nos seniores. Nenhum jogador na nossa equipa tem vencimento e por isso o nosso maior trunfo é o espírito de grupo. Claro que ninguém gosta de perder e quando temos associado o nome do Benfica muito menos, mas quando entrávamos em campo sabíamos que estávamos a lutar com outras armas. Todos os anos estávamos com o “bichinho” e este ano, ainda que com o terceiro lugar, conseguimos subir.
Quando houve o convite para a subida o “sim” foi imediato?
Tivemos um jogo em casa com o Lamego em que se empatássemos ficávamos em segundo. E nessa altura já desconfiávamos que o Lamego não ia subir e por isso começámos a preparar-nos para esse possível convite.
Uma preparação diferente da que tinham até aqui...
No futsal do distrital para o nacional há um salto muito grande, a nível competitivo e financeiro. Vamos continuar com os nossos jogadores a não receberem, será pelo espírito de grupo e pelo amor à camisola. Quanto aos custos das viagens, no distrital também já eram longas: íamos a Tabuaço, S. Martinho de Mouros, S. João da Pesqueira, mas todos os custos vão ser absorvidos por nós, temos que trabalhar para conseguir colmatar esses gastos. E depois há o subsídio da autarquia, sem esse apoio não seria possível.
Ultimamente temos ouvido falar muito sobre a questão dos apoios às equipas. Como está a ser tratada essa situação?
Há regulamentos que têm que ser cumpridos. Ao subirmos à II Divisão nacional e tendo havido já uma equipa no mesmo escalão presumo que os direitos sejam iguais. Não sou de falar dos outros clubes, até porque cada um tem que viver com a sua realidade, mas ao nível de apoios municipais se a realidade é igual tem que se receber o mesmo. Mas não podemos entrar em loucuras e temos que estar com os pés bem assentes.
E as entidades privadas, apoiam?
A nível de publicidade não está fácil. As empresas em Viseu também não têm dinheiro, mas vamos continuar a trabalhar.
E em relação à questão logística?
Na última época a nossa equipa de seniores treinava apenas uma hora e meia no pavilhão onde jogava, os outros treinos eram no pavilhão do quartel que não tem as mínimas condições e no inverno quase que não treinávamos porque tinha muita humidade. Para a nova temporada ainda não está definido, estamos à espera de uma decisão da Câmara. Mas, se continuar tudo como está, no mínimo, queremos mais dois ou três treinos no pavilhão onde vamos jogar, o Cidade de Viseu.
Como está a construção do plantel?
A equipa técnica serei eu e o professor Rui Maurício. Quanto ao plantel, estamos a contar com a maioria dos jogadores que tínhamos o ano passado. Temos algumas contratações, como é o caso do Ricky [foi posteriormente divulgada a chegada de Tiago Pinho e Magalhães]. Mas não é fácil, temos alguns problemas, até nas camadas mais jovens, porque os miúdos só querem ir para o futebol e depois temos o ‘handicap’ de não pagar.
A formação é uma ajuda na construção da equipa?
É o nosso motor. Num futuro próximo queremos que a nossa equipa sénior seja quase toda com jogadores da nossa formação.
Quais são os objetivos para esta época de estreia nos nacionais?
No mínimo, a manutenção. Não queremos sonhos maiores, queremos fazer um bom trabalho.
Olhando agora para a Casa do Benfica em todas as valências?
Temos o futsal, onde na formação são 120 miúdos, na ginástica são 200 atletas e com uma grande lista de espera. Há ainda o skyrunning, uma equipa de futebol de 7 que está diretamente ligada ao Benfica e no atletismo estamos a dar os primeiros passos. No total, a Casa do Benfica tem 450 atletas.
Criada há 15 anos, a Casa do Benfica de Viseu foi esta época convidada a integrar a II Divisão nacional de futsal, depois da impossibilidade de subida do Rio de Moinhos e da recusa do Sp. Lamego. A construção do plantel, os objetivos para a temporada, os apoios financeiros e a realidade do clube são alguns dos temas da conversa com Fernando Albuquerque, o presidente e treinador da equipa sénior das “águias” de Viseu.
Esta é a estreia do clube nos nacionais de futsal...
Foi um feito termos conseguido atingir um objetivo que já tínhamos há alguns anos que ainda não tinha sido concretizado.
Como foi crescendo a equipa de futsal?
Na Casa do Benfica apostámos no futsal como modalidade rainha. Nos primeiros anos tivemos futsal masculino, mas só por recriação e há uns 10 anos investimos no futsal de formação, onde hoje temos todos os escalões. Há meia dúzia de anos começámos a apostar nos seniores. Nenhum jogador na nossa equipa tem vencimento e por isso o nosso maior trunfo é o espírito de grupo. Claro que ninguém gosta de perder e quando temos associado o nome do Benfica muito menos, mas quando entrávamos em campo sabíamos que estávamos a lutar com outras armas. Todos os anos estávamos com o “bichinho” e este ano, ainda que com o terceiro lugar, conseguimos subir.
Quando houve o convite para a subida o “sim” foi imediato?
Tivemos um jogo em casa com o Lamego em que se empatássemos ficávamos em segundo. E nessa altura já desconfiávamos que o Lamego não ia subir e por isso começámos a preparar-nos para esse possível convite.
Uma preparação diferente da que tinham até aqui...
No futsal do distrital para o nacional há um salto muito grande, a nível competitivo e financeiro. Vamos continuar com os nossos jogadores a não receberem, será pelo espírito de grupo e pelo amor à camisola. Quanto aos custos das viagens, no distrital também já eram longas: íamos a Tabuaço, S. Martinho de Mouros, S. João da Pesqueira, mas todos os custos vão ser absorvidos por nós, temos que trabalhar para conseguir colmatar esses gastos. E depois há o subsídio da autarquia, sem esse apoio não seria possível.
Ultimamente temos ouvido falar muito sobre a questão dos apoios às equipas. Como está a ser tratada essa situação?
Há regulamentos que têm que ser cumpridos. Ao subirmos à II Divisão nacional e tendo havido já uma equipa no mesmo escalão presumo que os direitos sejam iguais. Não sou de falar dos outros clubes, até porque cada um tem que viver com a sua realidade, mas ao nível de apoios municipais se a realidade é igual tem que se receber o mesmo. Mas não podemos entrar em loucuras e temos que estar com os pés bem assentes.
E as entidades privadas, apoiam?
A nível de publicidade não está fácil. As empresas em Viseu também não têm dinheiro, mas vamos continuar a trabalhar.
E em relação à questão logística?
Na última época a nossa equipa de seniores treinava apenas uma hora e meia no pavilhão onde jogava, os outros treinos eram no pavilhão do quartel que não tem as mínimas condições e no inverno quase que não treinávamos porque tinha muita humidade. Para a nova temporada ainda não está definido, estamos à espera de uma decisão da Câmara. Mas, se continuar tudo como está, no mínimo, queremos mais dois ou três treinos no pavilhão onde vamos jogar, o Cidade de Viseu.
Como está a construção do plantel?
A equipa técnica serei eu e o professor Rui Maurício. Quanto ao plantel, estamos a contar com a maioria dos jogadores que tínhamos o ano passado. Temos algumas contratações, como é o caso do Ricky [foi posteriormente divulgada a chegada de Tiago Pinho e Magalhães]. Mas não é fácil, temos alguns problemas, até nas camadas mais jovens, porque os miúdos só querem ir para o futebol e depois temos o ‘handicap’ de não pagar.
A formação é uma ajuda na construção da equipa?
É o nosso motor. Num futuro próximo queremos que a nossa equipa sénior seja quase toda com jogadores da nossa formação.
Quais são os objetivos para esta época de estreia nos nacionais?
No mínimo, a manutenção. Não queremos sonhos maiores, queremos fazer um bom trabalho.
Olhando agora para a Casa do Benfica em todas as valências?
Temos o futsal, onde na formação são 120 miúdos, na ginástica são 200 atletas e com uma grande lista de espera. Há ainda o skyrunning, uma equipa de futebol de 7 que está diretamente ligada ao Benfica e no atletismo estamos a dar os primeiros passos. No total, a Casa do Benfica tem 450 atletas.
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