Quando o Ano Acaba, a Ideia Fica
O ano não acaba quando o calendário muda.
Acaba quando percebemos que já não somos os mesmos que começaram.
2025 foi isso. Um ano que ensinou Portugal a ganhar sem fazer barulho… e a perder sem cair.
Os sub-19 masculinos chegaram ao topo da Europa como quem chega a casa. Com naturalidade. Com essa serenidade rara de quem joga junto há muito tempo, mesmo quando o tempo foi curto. Campeões europeus. Não por acaso. Por identidade.
E depois veio o feminino.
Veio o mundo inteiro à frente.
Veio a exigência máxima.
Veio o quase.
Vice-campeãs do mundo não é um título incompleto. É uma frase inteira dita com voz firme. É prova de crescimento, de maturidade, de um grupo que já não pede licença para estar onde está. Faltou um jogo. Não faltou equipa. Nem coragem. Nem futuro.
O futsal português fechou 2025 com duas certezas difíceis de ignorar:
há talento,
e há cultura.
Entramos em 2026 com outra responsabilidade. A mais pesada de todas. A de quem já venceu. A de quem já foi exemplo.
O Europeu espera.
E com ele, a possibilidade rara de um tricampeonato que não se conquista com memória, mas com fome.
Porque ninguém defende títulos. Defendem-se ideias.
E Portugal tem uma.
2026 não promete facilidade. Promete verdade.
E isso, no futsal como na vida, costuma ser suficiente para quem sabe exatamente quem é quando a bola começa a rolar.