No mar das Caxinas, o Torreense foi melhor
O SCU Torreense venceu por 4-2 no reduto do ADCR Caxinas Poça Barca na 14.ª jornada da Liga Placard, num encontro disputado a 27 de dezembro, às 18h00, no Pavilhão do Centro Comunitário das Caxinas. A formação do Oeste entrou melhor, mostrou maior frieza nos momentos decisivos e soube gerir as diferentes fases do jogo, perante um Caxinas que lutou, mas voltou a revelar precipitação nos duelos e erros que acabaram por custar caro.
A tarde começou da pior forma para a equipa da casa: logo no primeiro minuto, Tintim recebeu na ala, rompeu a pressão e serviu Célio, que rematou de pé esquerdo ao segundo poste, onde Danny só teve de encostar para o 0-1. O Torreense entrava com personalidade e agressividade ofensiva.
O Caxinas tentou responder. Sévio percorreu a quadra inteira antes de rematar para defesa de Bruno Filipe, e Martim Castela ameaçou de primeira, mas encontrou novamente o guarda-redes do Torreense atento.
Do outro lado, Célio continuava a semear perigo, com duas ocasiões consecutivas: primeiro obrigou Osuji a boa intervenção, e logo depois, servido por Nicolas, atirou a centímetros do poste.
Aos 5 minutos, os caxineiros encontraram finalmente o caminho do golo. Matheus Correia, num livre direto, aproveitou a movimentação dos companheiros, rematou forte e fez o 1-1, igualando a partida com um gesto técnico de grande potência. O empate trouxe confiança à equipa da casa, mas o Torreense voltou a assumir o controlo.
Matheus ameaçou novamente com um remate poderoso, mas aos 10 minutos chegou o 1-2: Paulo Major concluiu uma excelente jogada coletiva com guarda-redes subido, um golo trabalhado ao pormenor e que voltou a colocar o conjunto visitante na frente.
O Torreense não tirou o pé do acelerador e, aos 12 minutos, ampliou para 1-3. Numa saída longa de Bruno Filipe, Castela cortou de cabeça e a bola sobrou para Danny, que assistiu Tintim, autor de um remate à meia volta que não deu hipótese a Osuji. O Caxinas tentou responder com construção paciente e remates de Ricardinho e Simão, mas sem eficácia. Ao intervalo, o 1-3 premiava a maior maturidade da equipa de Cláudio Martins.
A segunda parte começou com o Caxinas a procurar reduzir rapidamente, e Matheus Correia esteve perto disso logo aos 21 minutos, tirando Célio da jogada e rematando à entrada da área, mas a bola embateu no poste. Foi um dos momentos que poderiam ter mudado a história do jogo. A formação da casa voltou a ter enorme ocasião aos 24 minutos: Tomas Ezequiel Bazan recuperou alto, combinou com Rodrigo Simão, mas Romada, num corte providencial, impediu o golo certo.
Com o passar do tempo, o Torreense recuou linhas e procurou explorar o erro adversário. Tintim voltou a testar Osuji, e Célio Coque tentou o golo numa ida da esquerda para o meio, mas rematou por cima. Aos 29 minutos, o Caxinas teve outra oportunidade clara: Diogo Pereira apareceu sozinho ao segundo poste, mas Bruno Filipe negou-lhe o golo com uma defesa decisiva.
Aos 37 minutos, surgiu o lance que praticamente sentenciou a partida. Osuji avançou no terreno para criar superioridade, mas perdeu a bola para Célio Coque, que rematou de imediato para a baliza deserta, fazendo o 1-4. O erro foi fatal para as ambições caxineiras, obrigando a equipa da casa a apostar no 5x4 com Ricardinho como guarda-redes avançado.
Já aos 39 minutos, numa fase de insistência máxima, Matheus Correia rematou da zona dos 10 metros e Bruno Filipe, mal batido no lance, permitiu que a bola entrasse para o 2-4 final. O Caxinas ainda tentou nova aproximação, mas o Torreense controlou até ao último segundo e garantiu uma vitória preciosa fora de portas.
Foi um triunfo de maturidade e eficácia do SCU Torreense, que soube aproveitar os erros adversários e demonstrou solidez nos momentos decisivos. O Caxinas, apesar da entrega e de várias oportunidades claras, voltou a falhar na finalização e nos momentos de maior responsabilidade defensiva.