ADCR Caxinas e Leões de Porto Salvo empatam num duelo decidido ao último suspiro
O empate a 4-4 entre ADCR Caxinas e Leões de Porto Salvo foi um retrato fiel de um jogo onde o detalhe, a coragem e a capacidade de reagir foram tão determinantes como a organização coletiva. Um encontro intenso, emocionalmente instável e decidido apenas a dois segundos do fim.
O jogo começou equilibrado, com o Porto Salvo a procurar desde cedo o 1x1 exterior e o ataque rápido ao espaço, enquanto o Caxinas respondeu com transições verticais. Osuji assumiu protagonismo inicial, travando remates de Anderson, Bruno Sá e Ruan, enquanto André Sousa também mantinha os Leões dentro do jogo.
Aos 10’, surgiu o primeiro golo do encontro e foi para o Leões de Porto Salvo. Numa reposição lateral ofensiva do Caxinas, Rúben Teixeira roubou a bola e lançou uma transição rápida pelos três corredores. Landelino Neto conduziu pela direita e encontrou Bruno Sá no lado contrário, que finalizou com frieza para o 1-0.
A resposta do Caxinas não tardou e revelou personalidade. Aos 19’, após uma boa combinação ofensiva, Matheus rematou de forma frontal e bem colocada, batendo André Sousa e restabelecendo a igualdade (1-1). O jogo manteve-se aberto e intenso, com oportunidades para ambos os lados.
Ainda antes do intervalo, o Porto Salvo voltou a colocar-se na frente. Aos 20’, Ruan, em zona central, assumiu a responsabilidade num livre direto e bateu Osuji, fazendo o 2-1 e confirmando a capacidade dos Leões em responder imediatamente aos momentos adversos.
A segunda parte começou com o Caxinas novamente a mostrar força coletiva. Logo aos 21’, numa boa combinação ofensiva, Martim Castela sobrepôs em Matheus e fez o 2-2, premiando a leitura ofensiva e a mobilidade da equipa.
O Porto Salvo voltou a assumir mais posse e controlo territorial, mas encontrou sempre um Osuji seguro, decisivo em vários momentos, nomeadamente em situações de finalização próxima e remates de meia distância. O jogo entrou nos minutos finais com ambas as equipas conscientes do risco, mas sem abdicar de atacar.
Aos 37’, já em contexto de maior pressão, os Leões de guarda-redes subido sairam premiados. Ruan voltou a assumir protagonismo, trabalhou bem em zona interior e a bola sobrou para Bruno Sá, que fez o 3-2, colocando novamente o Porto Salvo em vantagem.
O Caxinas respondeu de imediato, assumindo também o 5x4. Aos 38’, Bazan encontrou Ricardinho, André Sousa defendeu, mas Matheus apareceu na recarga para o 3-3, num momento de grande frieza competitiva.
Quando o empate parecia selado, o Porto Salvo voltou a golpear. Segundos após sofrer o golo, Rúben encontrou Carrilho, que assistiu Ruan ao segundo poste. Sem marcação, o ala brasileiro bisou e fez o 4-3, num castigo claro para a desorganização momentânea do Caxinas.
Ainda assim, o jogo reservava um último capítulo dramático. Com o Caxinas novamente em 5x4, já dentro dos últimos segundos, Matheus rematou, a bola bateu na barra, embateu nas costas de André Sousa e entrou na baliza a dois segundos do fim, fixando o 4-4 final.
Um desfecho para aquilo que o jogo foi intenso, imprevisível e decidido no limite do possível.
⭐ Jogador-chave da partida: Ruan (Leões de Porto Salvo)
Num jogo marcado por constantes mudanças de momentum, Ruan foi o elemento mais influente em todos os momentos críticos. Marcou dois golos, assumiu bolas paradas, foi decisivo no jogo e esteve diretamente ligado a quase todas as ações ofensivas determinantes do Porto Salvo. Liderança, qualidade técnica e leitura do jogo nos momentos de maior pressão.