Ruizinho: “Representar o clube da minha terra é especial. Quero ser exemplo dentro e fora da quadra”



Em poucos anos, o Famalicão passou do distrital à Liga Placard. E Ruizinho, ala de 29 anos e capitão da equipa, esteve em todas as etapas: jogador, líder e símbolo de um projeto que cresceu com trabalho, paixão e identidade minhota.

A O Jogo, o capitão recorda a chegada em 2021, quando o clube ainda competia na III Divisão, e explica como o amor ao emblema e o sentimento de pertença o convenceram a apostar no crescimento do Famalicão.

“Conciliar trabalho e futsal é duro, mas a paixão compensa tudo”

Há quem diga que a vida se divide entre trabalho e paixão. Para Ruizinho, essa frase não podia ser mais literal.
“Durante o dia, dedico-me à informática; à noite, é o futsal que manda. Conciliar tudo é um desafio. É preciso disciplina e organização. Durante o dia foco-me totalmente no meu trabalho e, ao final do dia, concentro-me no futsal.”
A parte mais difícil está no sacrifício pessoal:
“Passo pouco tempo com a família e os amigos, mas a paixão pelo futsal e pelo clube compensa o desgaste e o cansaço.”

O percurso do capitão foi feito longe das luzes, entre distritais e incertezas.
“Esta é a minha primeira época no escalão máximo. Foi um caminho longo e cheio de sacrifícios. Houve momentos em que pensei que não seria possível, mas felizmente tive sempre as melhores pessoas ao meu lado, que acreditaram em mim, muitas vezes mais do que eu próprio.”

“É o clube da minha cidade. Senti que havia aqui gente séria e com ambição”

Ruizinho chegou ao Famalicão em 2021, quando o clube ainda militava na III Divisão, mas nunca hesitou na escolha.
“O projeto e o sentimento de pertença foram decisivos. É o meu clube, o clube da minha cidade, com ambição verdadeira e pessoas muito sérias. Senti que podia crescer aqui e que havia as pessoas certas para chegarmos onde estamos hoje, a mostrar toda a nossa qualidade.”

E o clube cresceu. Hoje, o Famalicão está na Liga Placard, algo impensável há poucos anos.
“É uma ascensão incrível. Em poucos anos, o projeto passou do distrital para o maior palco do futsal nacional. E isso não acontece por acaso: foi muito trabalho, inteligência, treinadores competentes e um grupo de pessoas que nunca se desviou do grande objetivo. O clube cresceu em estrutura, profissionalismo e identidade.”

“Como capitão, quero ser exemplo. Representar Famalicão é especial”

Hoje, Ruizinho é uma das figuras centrais do crescimento do clube e sente profundamente o peso da braçadeira.
“É um orgulho enorme e um dever ainda maior. Representar o clube da minha terra e acompanhar todas as etapas desta subida é muito especial. Este percurso faz-me querer ser exemplo dentro e fora da quadra.”
E não esconde um sonho:
“Gostava muito de vencer um troféu com o Famalicão. Seria a cereja no topo do bolo.”

“As derrotas enganam. Estamos no caminho certo”

Com três vitórias, dois empates e cinco derrotas na estreia na Liga Placard, o Famalicão ocupa o oitavo lugar.
Para o capitão, os números não contam a história toda.
“É preciso olhar para o contexto. As nossas derrotas foram contra os quatro primeiros da última época e contra um Caxinas muito bem organizado, num jogo que marcou a nossa estreia. Talvez o nervosismo tenha pesado, mas estamos no caminho certo.”

O grupo é novo, os métodos são diferentes e a realidade é mais exigente.
“À medida que avançamos, tornamo-nos mais atentos às pequenas coisas que fazem a diferença nos resultados. É nesses pormenores que se constrói uma equipa sólida.”

“Temos fome de mais. A mentalidade é a nossa maior força”

Apesar das dificuldades naturais de um recém-promovido, a identidade famalicense mantém-se firme.
“Entramos em todos os jogos olhos nos olhos, com personalidade. O grupo está unido, trabalha bem e tem fome de mais. Essa mentalidade é a base para crescermos ao longo da época.”

O objetivo é claro:
“A prioridade é garantir a manutenção o mais rapidamente possível e consolidar o nosso projeto.”


entrevista de João Fernando Vieira


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