Jimbee Cartagena impõe goleada ao Luxol e coloca-se em vantagem clara nos oitavos da UEFA Futsal Champions League



O Jimbee Cartagena Costa Cálida entrou de forma arrasadora nos oitavos-de-final da UEFA Futsal Champions League e venceu o Luxol St. Andrews por 8-1, num jogo onde a formação espanhola demonstrou uma superioridade evidente desde o primeiro segundo. A equipa de Duda, semifinalista na época passada, voltou a exibir a habitual intensidade ofensiva, impondo ritmo, qualidade técnica e agressividade controlada, deixando o campeão maltês sem capacidade de resposta durante longas fases da partida. Este resultado deixa o Cartagena com uma vantagem muito confortável para a segunda mão, numa eliminatória que, à semelhança do novo formato da competição, é decidida a duas mãos, sem golo fora e com apuramento definido apenas pela soma dos golos — o novo modelo que substituiu a antiga Ronda de Elite e que conduz as quatro equipas vencedoras aos quartos-de-final, igualmente disputados em formato home & away, antes da Final Four de maio, em Pesaro.

O jogo começou praticamente com o primeiro golpe espanhol. Ainda não tinha decorrido meio minuto e Francisco Cortés inaugurou o marcador, finalizando com precisão após uma entrada forte do Cartagena. O Luxol tentou reagir, mas o adversário pressionava alto, recuperava rapidamente a bola e criava perigo em sucessivas transições. A equipa maltesa viria a ficar ainda mais exposta aos 03'55'', quando Darío Gil fez o 2-0, concluindo de primeira um lance iniciado por Chemi, que já nessa altura se destacava pela capacidade de lançamento e pela leitura ofensiva.

O Luxol tentava responder com remates exteriores de Vitinho e Leanderson, mas Santos Costa e Obradović tinham dificuldade em construir desde trás perante a intensidade do bloco espanhol. O Cartagena continuava a acelerar e, aos 08'15'', surgiu o 3-0 por Muhammad Osamanmusa, um dos jogadores mais influentes da partida, aproveitando uma jogada trabalhada após canto. Dois minutos depois, Pablo Ramírez ampliou para 4-0 após assistência de Cortés, num remate colocado que deixou Obradović sem hipótese.

O Luxol, apesar da desvantagem, tentou sair mais vezes em ataques rápidos. Vitinho, Maikinho e Telisi somaram tentativas, mas quase sempre sem a direção necessária ou travadas por Chemi, que realizou uma exibição segura e tranquila. O Cartagena manteve o ritmo e, aos 11'43'', Mellado fez o 5-0, concluindo um lance bem trabalhado por Darío Gil. O 6-0 surgiria pouco depois, aos 14'38'', por Gon Castejón, novamente após assistência de Osamanmusa, numa jogada típica da formação espanhola: pressão alta, recuperação rápida, passe rasteiro e finalização imediata.

O domínio espanhol era total. Juninho ainda fez o 7-0 aos 19'39'', aproveitando uma boa jogada individual de Izquierdo, levando o marcador assim para o intervalo e traduzindo uma primeira parte onde o Cartagena foi absolutamente avassalador. Do lado do Luxol, apenas Maikinho e Leanderson iam conseguindo romper pontualmente entre linhas, mas sem eficácia.

A segunda parte manteve o mesmo cenário. O Cartagena aproveitou a vantagem para controlar posse, gerir ritmos e procurar ataques construídos, enquanto o Luxol tentava aproximar-se da baliza de Chispi com remates exteriores. Aos 24'36'', Osamanmusa voltou a marcar, somando o seu segundo golo, assistido por Izquierdo, e fazendo o 8-0 num lance rápido e bem desenhado. A partir daí, os malteses subiram o bloco e criaram mais lances de perigo: Leanderson acertou no ferro aos 32'24'', Castro e Vevé obrigaram Chispi a duas boas intervenções e a equipa parecia finalmente conseguir estabilizar emocionalmente o jogo.

O encontro mudou um pouco de rumo perto do final, quando Francisco Cortés, já amarelado, viu o segundo cartão amarelo aos 38'15'' e foi expulso, deixando o Cartagena a jogar em inferioridade. O Luxol aproveitou a vantagem numérica e reduziu no minuto seguinte: aos 37'03'', Vitinho assinou o único golo maltês, finalizando com precisão após jogada coletiva bem construída. O golo deu ânimo à equipa, que forçou ataques até ao último segundo, mas o 8-1 manteve-se até ao apito final.

Foi um triunfo claro e incontestável do Cartagena, que demonstrou maior qualidade, profundidade de plantel e maturidade competitiva num jogo onde controlou praticamente todos os momentos. O Luxol, apesar da atitude combativa, pagou caro os erros defensivos iniciais e a dificuldade em lidar com a pressão espanhola. A figura da partida foi Muhammad Osamanmusa, decisivo pela influência ofensiva, golos, assistências e capacidade de acelerar o jogo. Com este resultado, o Cartagena leva uma vantagem muito expressiva para a segunda mão e fica muito perto de carimbar a passagem aos quartos-de-final da UEFA Futsal Champions League.


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