Portugal derrota o Brasil nos penáltis e chega pela primeira vez à final do Mundial Sub-17



A Seleção Nacional Sub-17 escreveu esta quarta-feira uma das páginas mais importantes da sua história ao vencer o Brasil no desempate por grandes penalidades (0-0, 6-5 g.p.) e garantir um lugar na final do Campeonato do Mundo, onde vai defrontar a Áustria, esta quinta-feira, às 16h00.

Depois de 90 minutos de enorme equilíbrio, intensidade e polémica, o jogo só se decidiu na lotaria dos penáltis, onde Portugal mostrou frieza, coragem e uma maturidade competitiva notável.

Bino Maçães apresentou o onze habitual e teve todo o plantel disponível, ao contrário do Brasil, que entrou em campo desfalcado de Arthur Ryan, Luís Eduardo e Vítor Hugo. Desde cedo percebeu-se que seria um duelo fechado, com poucos espaços e muito duelos físicos.

Portugal criou a primeira boa oportunidade por Anísio Cabral, travado por Zé Lucas no momento decisivo. O capitão brasileiro respondeu pouco depois, mas Romário Cunha mostrou segurança.

A melhor ocasião do primeiro tempo pertenceu ao Brasil, quando um erro de Mauro Furtado deixou Dell isolado. Romário Cunha defendeu e, na recarga, Martim Chelmik fez um corte monumental em cima da linha, segurando o 0-0. Portugal respondeu com boa combinação ofensiva, mas o remate de Mateus Mide esbarrou na defesa.

A partir dos 25 minutos, o jogo aqueceu, multiplicaram-se as faltas e o árbitro perdeu controlo. Zé Lucas viu amarelo e ficou perto da expulsão antes do intervalo.

O reatamento trouxe mais intensidade e mais cartões. Rafael Quintas, já amarelado, acabou substituído para evitar riscos. Santiago Verdi entrou e ameaçou num remate de longe.

O momento mais polémico aconteceu após uma entrada dura sobre Duarte Cunha, com Portugal a pedir expulsão. Depois do VAR, o árbitro mostrou apenas amarelo a Luís Felipe, num lance que gerou muita contestação.

As oportunidades continuaram raras. Aos 78’, Anísio Cabral apareceu em boa posição, mas atirou por cima. Perto do fim, Zé Lucas tentou um pontapé acrobático perigoso, mas o 0-0 resistiu até ao apito final.

Sem Rafael Quintas, Tomás Soares abriu a série com golo. Dell empatou. Martim Chelmik confirmou. Thiaguinho igualou. Santiago Verdi marcou e Zé Lucas respondeu. Yoan Pereira manteve Portugal na frente e Luís Pacheco fez o 4-4.

No último penálti antes da morte súbita, Romário Cunha arriscou e falhou completamente, enviando a bola para fora do estádio. Do outro lado, Ruan Pablo podia ter terminado tudo para o Brasil, mas acertou no poste.

Na morte súbita, João Aragão marcou. Gabriel Mec empatou. José Neto recolocou Portugal na frente. Ângelo, com a pressão total sobre os ombros, falhou o alvo.

Portugal venceu 6-5 e garantiu a primeira final da sua história no Mundial Sub-17.


Final contra uma Áustria em grande forma

Portugal enfrenta agora a Áustria, que bateu a Itália por 2-0 com bis de Johannes Moser, atualmente o melhor marcador da competição. Uma final inédita entre duas seleções em ascensão e que chegam à decisão com argumentos fortes.

O Brasil, tetracampeão da categoria, vai disputar o 3.º lugar diante da Itália.


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