Benfica entra no inferno de Araz com Cassiano Klein a pedir “coração” na luta pelo apuramento
O Benfica inicia esta segunda-feira (16h00) a sua caminhada nos oitavos de final da UEFA Futsal Champions League, enfrentando o sempre incómodo Araz Naxçivan, no quente Baku Sports Hall, palco conhecido pelo ambiente fervoroso e pela pressão constante sobre os adversários. Para os encarnados, este é mais do que um jogo europeu: é a confirmação de um caminho construído ao longo de duas épocas.
Cassiano Klein, treinador do campeão nacional, falou com a convicção de quem sabe que o desafio é duro, mas também de quem acredita profundamente na identidade da sua equipa.
“É um jogo muito especial para nós, lutámos muito para chegar aqui.”
O técnico recordou o percurso, a exigência da competição e o sacrifício acumulado de duas temporadas para recolocar o Benfica entre a elite.
“A grande final é este jogo. Temos de competir no limite.”
A deslocação ao Azerbaijão é, para Klein, um teste total à maturidade competitiva dos encarnados.
O treinador não esconde:
“É uma cultura diferente, um estilo diferente de jogar. É uma equipa muito competitiva e vai apostar muito no factor casa.”
Por isso, o Benfica leva o plano claro: competir no limite, com disciplina, mas também com alma.
“As grandes equipas são as que jogam com o coração.”
Tática e técnica contam, mas o compromisso é tudo
Klein explicou que, perante equipas com estilos tão distintos, o verdadeiro diferencial é a resposta emocional e coletiva:
“Honestamente, preocupo-me menos com o tático e o técnico, e mais com o nosso comprometimento.”
E reforçou a mensagem que vem transmitindo ao grupo:
“Um jogador não ganha de cinco. Quando a equipa se unifica, sente-se como equipa, começa a ter sentimentos diferentes — e isso diferencia quem luta por títulos.”
A missão: trazer um bom resultado para Lisboa
O Benfica não esconde a ambição. A importância da competição é grande para o clube e para os adeptos, e Klein sublinha essa responsabilidade:
“Sabemos como esta competição é importante para nós e para os nossos adeptos.”
Por isso, o objectivo para Bacu é claro:
“Temos de jogar um jogo especial e trazer um bom resultado.”
A segunda mão será no Pavilhão da Luz, onde o Benfica por norma se eleva. Mas para lá chegar em vantagem, será preciso resistir ao ambiente hostil que espera os encarnados no Azerbaijão.