Luís Conceição: “Ficará para a história, mas o mais importante é a qualidade”
Selecionador sublinha exibição sólida na goleada por 10-0 à Tanzânia, na estreia do Mundial
A Seleção Nacional A Feminina de Futsal entrou a vencer — e de forma categórica — no primeiro Campeonato do Mundo Feminino de Futsal, ao derrotar a Tanzânia por 10-0, este sábado, no PhilSports Arena, em Pasig, Filipinas. O triunfo, o mais expressivo da competição até ao momento, contou com nove atletas diferentes a marcar, num arranque que reforça a ambição portuguesa no Grupo C, que inclui ainda Japão e Nova Zelândia.
Na zona mista, em declarações ao Canal 11, o Selecionador Nacional, Luís Conceição, destacou o resultado histórico, mas preferiu valorizar aquilo que realmente importa para Portugal: a qualidade do jogo e a forma como a equipa cumpriu o plano.
“O golo é a alma do jogo”
Conceição começou por enaltecer a forma como a equipa distribuiu os tentos:
“O golo é a alma do jogo e é importante elas marcarem, ganham confiança. Conseguimos distribuir os golos por nove atletas, o que é sempre positivo.”
Para o técnico, o impacto emocional de um resultado desta dimensão é relevante, mas não se sobrepõe ao essencial:
“Mais importante é a qualidade com que fizemos as coisas. O que passámos para elas foi cumprido. Isso é o mais importante.”
O Selecionador recordou também o simbolismo do primeiro golo da história portuguesa em Mundiais femininos:
“É um jogo que ficará para sempre na história do futsal feminino português, como o facto de a Maria Pereira ter feito o primeiro golo da história.”
Manter o ritmo, evitar que o jogo adormecesse
Apesar da diferença no marcador, Conceição revelou que uma das preocupações da equipa técnica foi garantir intensidade constante:
“Tentámos não deixar o jogo adormecer. Houve momentos em que isso aconteceu, até pelo critério dos árbitros e pelo tempo de reposição da bola, que não favorece quem gosta de intensidade como nós.”
Ainda assim, Portugal conseguiu manter o ritmo alto:
“Tentámos manter sempre a dinâmica e o jogo intenso. Nem sempre conseguimos, mas os golos foram surgindo e o resultado foi-se dilatando.”
Há sempre espaço para melhorar
Mesmo com um 10-0, o selecionador não deixou de apontar algumas arestas por limar:
“Na zona de finalização podíamos ter definido melhor. Com um pouco mais de concentração no último passe, no remate ou no enquadramento, poderíamos ter feito ainda melhor.”
Ainda assim, o balanço é claro:
“Fica o resultado — e o mais importante é a qualidade do que fizemos.”