Ana Azevedo: “Começar bem é essencial para o caminho que queremos fazer”
Capitã garante equipa focada e feliz antes da estreia histórica no Mundial Feminino de Futsal
A Seleção Nacional A Feminina de Futsal entra amanhã em ação no Grupo C do primeiro Campeonato do Mundo Feminino de Futsal, nas Filipinas, onde defrontará a Tanzânia no duelo inaugural. Na véspera do jogo, a capitã Ana Azevedo, 39 anos, voz de liderança e referência do grupo, revelou o entusiasmo e a serenidade que marcam o balneário português.
“Estamos concentradas naquilo que temos para fazer e a desfrutar. É o primeiro Mundial e todas estamos muito orgulhosas por estar aqui.”
A experiente ala do GCR Nun’Álvares sublinha que a preparação foi intensa e que a ansiedade deste momento “faz parte”, sendo natural num evento que representa um marco histórico para a modalidade.
“O mais importante é começar bem”
Na antevisão ao encontro com a Tanzânia, Ana Azevedo identificou uma equipa adversária “aguerrida”, capaz de criar momentos de jogo caótico:
“Vai ser um jogo um bocadinho partido e desorganizado, mas cabe-nos ultrapassar isso. Sabemos os pontos fortes delas e queremos impor o nosso jogo. O mais importante é começar bem.”
Portugal cumpre o nono dia em Pasig, local que acolhe o campeonato, depois de mais de duas semanas de estágio conjunto. Para a capitã, este Mundial é um momento especial na carreira — mas o sentimento é coletivo:
“É o meu sentimento, mas também o de todas. Estamos muito felizes por estar aqui.”
Responsabilidade, alegria e legado
Ana Azevedo fez questão de destacar o peso simbólico de representar a Seleção num Mundial inédito, mas sem transformar essa responsabilidade em pressão:
“Representamos muitas outras que poderiam estar aqui, que lutaram lá atrás. Mas acima de tudo, temos de desfrutar do momento.”
É essa mensagem que leva para dentro do grupo:
“O que tento é passar-lhes um bocadinho daquilo que sou. Eu adoro jogar. Se formos para dentro do campo felizes, tudo sairá melhor.”
A capitã reforça que o segredo está em juntar o melhor de cada uma ao serviço do coletivo:
“Se estão aqui, é por algum motivo. Se pegarmos no que cada uma tem de melhor e colocarmos ao nível coletivo, tudo funcionará melhor.”
Identidade, ambição e respeito
Portugal quer iniciar o Mundial com uma vitória e uma exibição que dê confiança para os duelos seguintes, contra Japão e Nova Zelândia:
“Respeitar o adversário é fundamental, mas temos de olhar para nós e para o que queremos enquanto equipa: criar a nossa identidade desde o primeiro jogo.”
Ana Azevedo garante que Portugal está preparado para corresponder às expectativas de quem acredita no valor deste grupo que ocupa o 3.º lugar no ranking FIFA.
O pontapé de saída está marcado para as 6h30 (hora portuguesa), no PhilSports Arena, em Manila.