Jornada 5 da Liga Portugal Betclic 2025/26: deslize encarnado, resposta leonina, pragmatismo azul e branco e surpresa gilista



Alverca 1–0 Tondela

Crónica:
O Alverca somou a primeira vitória na Liga e fê-lo com emoção. A equipa de Custódio sofreu cedo com a pressão alta do Tondela e só conseguiu respirar a meio da primeira parte, altura em que Lincoln e Lucas Figueiredo começaram a levar perigo. O jogo ganhou vida perto do intervalo: Tiago Manso teve penálti, mas André Gomes defendeu; logo a seguir, canto de Lincoln e autogolo de Marivan aos 44’ (1–0).
No segundo tempo, o Tondela tentou reagir, mas o relvado pesado e a boa organização defensiva ribatejana travaram os visitantes. André Gomes voltou a brilhar para segurar os primeiros três pontos deste regresso ao topo.

Análise:
Alverca mostrou caráter, um guarda-redes decisivo e bola parada eficaz. Tondela competente a pressionar no início, mas sem lucidez no último terço.

A melhorar:
Alverca: melhorar a saída curta sob pressão para não viver tanto encostado atrás; mais automatismos nas transições.
Tondela: ser objetivo na finalização e corrigir marcações em bolas paradas defensivas.

Resumo da partida — ver aqui: 

Moreirense 3–1 Rio Ave

Crónica:
Primeira parte viva e aberta, com o Rio Ave a somar as melhores ocasiões: André Luiz ao ferro, Clayton a centímetros do golo e Caio Secco em alto nível. O intervalo mudou tudo. Reatado o jogo, Diogo Travassos entrou… e no 46’ marcou no primeiro toque (1–0). O Rio Ave abanou e os cónegos carregaram: Marcelo fez o 2–0 aos 61’ e Alanzinho coroou a exibição com o 3–0 aos 69’. André Luiz ainda reduziu aos 84’, mas tarde. Quarta vitória em cinco: arranque de topo em Moreira.

Análise:
Impacto claro do intervalo: Moreirense subiu linhas, venceu segundas bolas e foi clínico nas bolas paradas. Rio Ave caiu após o 1–0 e errou no posicionamento nos cruzamentos.

A melhorar:
Moreirense: controlar melhor a emoção pós-golo e a gestão com bola nos minutos finais.
Rio Ave: reforçar rest defense e afinar organização em cantos/livres; atacar a área com mais gente.

Resumo da partida — ver aqui: 

Estoril 3–1 AVS

Crónica:
Depois do susto inicial, o Estoril começou a explorar as costas de Kiki. Ricard Sánchez rasgou pela direita e cruzou para Nika Lominadze fazer o 1–0 aos 12’. O 2–0 saiu “a papel químico”: Rafik Guitane fugiu pela direita e serviu João Carvalho aos 28’. A abrir a 2.ª parte, combinação invertida: Lominadze meteu, João Carvalho cruzou e Ricard finalizou ao 52’ (3–0). Diogo Spencer ainda reduziu ao 78’; houve mais um golo do AVS anulado por fora-de-jogo (18 cm). Primeira vitória canarinha na Liga.

Análise:
Estoril foi pragmático e eficaz: ataques aos corredores, mudanças de flanco e cruzamentos atrasados. AVS sentiu a perda de Aderlan, partiu a linha e sofreu na basculação.

A melhorar:
Estoril: manter foco e controlo com bola após 2–0; reforçar organização à perda.
AVS: sincronizar pressão alta (gatilhos e coberturas) e fechar 2.º poste nas diagonais.

Resumo da partida — ver aqui: 

FC Porto 1–0 Nacional

Crónica:
Fato-macaco, três pontos. O Porto entrou a todo o gás (golo de Borja Sainz anulado aos 6’), depois baixou o ritmo e viveu no detalhe. Penálti pedido em Samu não assinalado, assobios… até que João Aurélio derrubou Borja Sainz: grande penalidade confirmada no monitor e Samu fez o 1–0 aos 31’.
O Nacional nunca saiu do jogo: bloco de cinco, miolo intenso e chance clara antes do descanso, negada por Diogo Costa a Laabidi. Na 2.ª parte, o Porto geriu mais do que feriu: Pepê falhou o 2–0 (73’), Lucas França brilhou (84’) e Gabri Veiga desperdiçou (88’). Sofrido, mas seguro.

Análise:
Porto forte na pressão pós-perda e no controlo territorial, curto na criatividade em ataque posicional. Nacional competitivo, mas com pouca continuidade nas transições.

A melhorar:
FC Porto: variar zonas/alturas de cruzamento; mais third-man runs e ataque ao espaço entre lateral e central.
Nacional: planos de saída curta sob pressão e chegada de 2.ª linha para dar sequência às recuperações.

Resumo da partida — ver aqui: 

Famalicão 1–2 Sporting

Crónica:
O Fama feriu primeiro: cruzamento de Gil Dias, corte falhado de Trincão e Gustavo Sá ao 2.º poste para o 1–0 aos 17’. Reação imediata: passe de Quenda e Pedro Gonçalves empatou aos 22’. Depois do descanso, a barra travou Quenda, mas a cambalhota chegou: insistência de Trincão, sobra para Pote e assistência para Luis Suárez fazer o 1–2 (meados da 2.ª parte). Estreia de Ioannidis discreta; final maduro dos leões.

Análise:
Famalicão muito vertical após recuperar, mas quebrou após o 1–1. Sporting ajustou pressões, ganhou segundas bolas e, com mais qualidade individual, virou sem escândalo.

A melhorar:
Famalicão: fechar 2.º poste e reforçar bolas paradas defensivas; gerir melhor a vantagem.
Sporting: acelerar circulação nos 20’ iniciais; afinar bola parada defensiva.

Resumo da partida — ver aqui: 

Estrela da Amadora 0–2 Vitória SC

Crónica:
Primeira parte equilibrada: Kikas ao poste para o Estrela; do outro lado, grande ocasião de Nélson Oliveira negada por Renan, antes do próprio Nélson abrir o marcador de cabeça a cruzamento de Abascal (0–1).
No reatamento, o Estrela empurrou com mais bola e substituições, mas faltou-lhe definição. O Vitória esperou o momento e matou na bola parada: ressalto na área e Alioune Ndoye fechou o 0–2 perto do fim. Vitória limpa e necessária.

Análise:
Vitória seguro nas coberturas, clínico nos momentos decisivos. Estrela competitivo e atrevido, mas previsível por dentro e perdulário.

A melhorar:
Estrela: criar mais entrelinhas (apoios interiores) e melhorar o último passe/finalização.
Vitória SC: procurar o 2–0 mais cedo com transições melhor preenchidas.

Resumo da partida — ver aqui: 


Arouca 0–2 Casa Pia

Crónica:
Pressão alta casapiana desde o apito: duas ocasiões de Livolant travadas por João Valido e, aos 14’, recuperação de Larrazábal, cruzamento tenso e Cassiano a finalizar no coração da área (0–1).
Após o intervalo, o Arouca teve mais bola mas pouca penetração; o Casa Pia fechou o corredor central e escolheu as saídas. Num livre mal defendido, a bola sobrou e David Sousa cabeceou o 0–2 aos 67’. Muitas faltas, um holofote apagado e nervos — mas vitória justa dos “gansos”.

Análise:
Plano sólido: pressão dirigida + bloco compacto + transições. O Arouca sentiu dificuldade na 1.ª fase sob pressão e criou pouco por dentro.

A melhorar:
Arouca: clarificar saída (médio a baixar, extremo por dentro), mais mobilidade na frente e remate exterior.
Casa Pia: gerir posse em vantagem (sequências mais longas) e terminar transições com mais unidades.

Resumo da partida — ver aqui: 

SC Braga 0–1 Gil Vicente

Crónica:
O Braga quis mandar, o Gil leu melhor o jogo. Duelo ganho no meio, duelos ganhos no corpo-a-corpo e ocasiões criadas com critério. No apagar da 1.ª parte, o desenho perfeito: passe de Luís Esteves para Agustín nas costas de Víctor Gómez e assistência para Pablo encostar aos 45’+2.
Na 2ª parte, Zalazar e Moscardo trouxeram energia, mas faltou último passe. João Moutinho ao ferro e Andrew decisivo perante Ricardo Horta. Lenços brancos na Pedreira, festa barcelense.

Análise:
Braga com posse, mas previsível contra bloco médio/baixo. Gil Vicente muito competente nas dobras e transições — triunfo trabalhado.

A melhorar:
Braga: dar largura real (extremo aberto/lateral por dentro), alternar jogo interior/exterior e afinar último passe.
Gil Vicente: qualificar saídas após recuperar para matar o jogo mais cedo.

Resumo da partida — ver aqui:

Benfica 1–1 Santa Clara

Crónica:
Jogo mastigado até ao minuto 38’, quando Paulo Victor viu vermelho direto após revisão no VAR. Com mais um, o Benfica empurrou e chegou ao 1–0 aos 59’: livre sofrido por Prestianni, desvio de Otamendi, defesa incompleta de Gabriel Batista e encosto de Pavlidis.
Houve ocasiões para fechar, mas faltou frieza. E quando os relógios já corriam a favor da casa, Otamendi errou na saída, Vinícius Lopes agradeceu e fez o 1–1 aos 90’+2’. Estreia de Sudakov com ovação; final com assobios.

Análise:
Benfica dominou, mas voltou a falhar na definição e na concentração final. Santa Clara compacto, paciente e letal quando teve a sua.

A melhorar:
Benfica: melhorar decisão no último passe, trabalhar game management nos 5’ finais e reduzir erros individuais na 1.ª fase de construção.
Santa Clara: organização defensiva em inferioridade (ajustes de lateral/extremo) e transições ofensivas mais rápidas/objetivas.

Resumo da partida — ver aqui: 



Vídeos
Ricardinho anuncia o fim definitivo da carreira profissional em conferência histórica na Cidade do Futebol
Antonio Vadillo: o Arquiteto do Milagre Europeu no Futsal | Documentário
Os melhores golos da jornada 22 da Liga Placard
Os melhores golos da Jornada 20 da Liga Placard Futsal
Os melhores golos da jornada 19 da Liga Placard
Os melhores golos da jornada 22 da Liga Feminina Placard
Os melhores golos da Jornada 21 da Liga Feminina Placard
Os melhores golos da Jornada 20 da Liga Feminina Placard
Os melhores golos da jornada 18 da Liga Placard
Os melhores golos da jornada 17 da Liga Placard
Ficha técnica | Lei da transparência | Estatuto Editorial Politica Privacidade