Um olhar para as equipas da Liga Placard 2025-2026



O futsal nacional prepara-se para abrir um novo capítulo com o arranque da Liga Placard 2025/26. Doze equipas entram em campo para uma temporada que promete intensidade, equilíbrio e espetáculo, marcada pelo regresso do Rio Ave, pela estreia do FC Famalicão e pela rivalidade crescente entre os grandes protagonistas.

O Benfica chega como campeão em título, após quebrar um jejum de quatro anos. Cassiano Klein mantém a espinha dorsal — Arthur, Jacaré, André Coelho, Diego Nunes, Afonso Jesus, Lúcio e Léo Gugiel (eleito melhor jogadores das finais do ano transacto) — e reforça-se com nomes como Pany Varela e Peléh. O dérbi da Supertaça, perdido por 6-1 frente ao Sporting, expôs fragilidades, mas também serviu de alerta precoce. O objetivo é claro: provar que o título não foi obra do acaso, mas o início de um novo ciclo de hegemonia.

O Sporting, ferido pela perda do título, apresenta-se com a mesma identidade vencedora. Nuno Dias, renovado até 2030, mantém Bernardo Paçó, Tomás Paçó, Taynan, Merlim, Wesley e Zicky Té como símbolos de estabilidade, e acrescenta reforços de peso como Filipe Valério e Bruno Pinto. A goleada na Supertaça foi a mensagem mais clara possível: os leões não abdicam da coroa e vão lutar até ao limite para reconquistar o trono.

O SC Braga, sob comando de Joel Rocha, já não se assume apenas como outsider. Os minhotos reforçaram-se com Mamadu, Vitão e Villian, embora a lesão grave de Willian Carioca seja um golpe duro nas ambições. Fábio Cecílio deixou o clube, mas com Dudu, Tiago Sousa, Tiago Brito e Henmi como pilares, o Braga quer estar na luta pelo título até ao fim e confirmar que vai além da terceira força do futsal nacional. 

Os Leões de Porto Salvo, liderados por Cláudio Moreira, compensaram as saídas de Mamadu, Pedro Santos e Bruno Maior com reforços estratégicos como Andriy, Enzo e Neto. São presença habitual no play-off e mantêm o estatuto de equipa que pode surpreender qualquer adversário. Tem a ambição de, pela primeira vez, disputar uma final de qualquer competição.

A Quinta dos Lombos vive um novo ciclo, agora com Alcides Lopes no banco. Apesar da perda de referências como Willian Carioca, Costelinha e Vitão, o clube mexeu-se no mercado, trazendo Kaká, Xot, Thalles e André Cruz. Gonçalo Sobral, Fábio Lima e David Costa são os esteios que continuam na equipa. O objetivo é claro: provar que a época histórica passada não foi um acaso.

A AD Fundão, com Nuno Couto no comando, continua a ser a resistência serrana que todos respeitam. Perdeu Peleh e Caio os dois melhores marcadores da equipa, além de Luís Fernandes e Samuel Freire, referências ofensivas da equipa. Manteve o capitão Mário Freitas e Uesler como pedras basilares da equipa. Competitividade não faltarão a uma equipa que se constrói e reconstrói e que se torna sempre adversário temível. 

O Eléctrico FC abre um novo ciclo com Jorge Monteiro no comando. Simi e Renato Almeida (ex-Sporting) chegam e acrescentam qualidade. Com a base de Diogo Basílio, Thiaguinho e Alê Teixeira, o projeto de Ponte de Sor mantém ambição e quer ser protagonista no Alentejo. A saída de Ferrugem marca uma importante perda na equipa.

O Ferreira do Zêzere aposta na continuidade, agora sob a liderança de Cristiano Coelho que já era adjunto de Ricardo Lobão. Perdeu Rúben Carrilho e viu Allan e Natan Minati rumarem ao Famalicão, mas ganhou Wendell, Sodre e Chapinha. É uma equipa que combina experiência com irreverência e promete dar luta. Jô Mahrez é sinónimo de espetáculo e golos e é a grande figura da equipa.

A ADCR Caxinas, sob o comando de Nuno Silva desde 2014-2015, segue a sua filosofia de estabilidade e formação. Perdeu Juan Cuello e Edson, mas reforçou-se com Léo Evangelista e Matheus. É um projeto que pode surpreender na luta pelo play-off.

O SCU Torreense mantém Cláudio Martins e reforçou-se de forma ambiciosa: Gabrielzinho (ex-Ribera Navarra), Tintim (ex-Praia Clube) e Jefferson dão poder ofensivo. Bruno Filipe, na baliza, dará coisas novas à ideia da equipa. A continuidade de grande parte do plantel garante identidade. O objetivo é sair da luta pela manutenção e entrar na corrida pelo top-8.

O FC Famalicão estreia-se na elite com Kitó Ferreira no banco e nomes de peso como Buzuzu (ex-Braga) e Márcio Moreira, internacional português. Allan Gitahy e Natan Minati são dois agitadores chegam depois de uma grande época em Ferreira do Zêzere. Com a base de Amilcar, Guilherme Oliveira e Ciro, os famalicenses apresentam-se com ambição: garantir a manutenção e, quem sabe, sonhar com o play-off.

O Rio Ave que se junta ao Caxinas nas equipas de Vila de Conde, regressa à Liga Placard depois da última presença em 2018-2019, agora com Bruno Guimarães ao leme e um pacote de reforços de luxo: Serginho, Cigano e Gustavo Rodrigues (ex-Dínamo Sanjoanense), Tiago Cruz (ex-Piast Gliwice) e Peixinho (ex-Leões). Rúben Góis é sinónimo de golo e o plantel terá qualidade para sonhar além da simples manutenção.


Benfica, Sporting  mantêm-se como favoritos, mas a distância para os restantes encurta a cada ano. Braga e Leões, aproximam-se e haverá equipas candidatas naturais ao play-off e capazes de eliminar gigantes, como Ferreira, Lombos ou Fundão. Famalicão e Rio Ave prometem trazer energia nova e histórias para contar. 

Recorde-se que época vai ter "paragem de Inverno" devido ao Europeu 2026, altura ideal para recarregar baterias e semanas para reformular o plantel e afinar a máquina para a decisiva segunda metade da época.

Num ano em que houve mais entradas novos de treinadores nas equipas, a Liga Placard 2025/26 não será apenas mais uma temporada: será um teste definitivo à afirmação do futsal português como uma das ligas mais fortes e apaixonantes do planeta.















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