Diário do Mundial, dia 15, por António Aires
15º Dia
Quartos-de-final
Brasil 3-1 Marrocos
A serenidade, a rotatividade dos jogadores, de acordo com aquilo que o jogo pede, pois Marquinhos Xavier é um treinador que lê o jogo, a subtiliza na gestão do seu banco, aliada ao manancial de recursos técnicos que os seus jogadores possuem, ditou a passagem às meias-finais da selecção canarinha. Marcel desde que começou o campeonato do mundo marcou em todos os jogos. É o artilheiro da prova com 10 golos. Marrocos tentou equilibrar o jogo dentro daquilo que é a sua matriz, acelerando o jogo, com entradas sem bola na procura dos espaços concedidos mas a coesão defensiva, sob a batuta de Marlon, não permitiu tal ousadia. O primeiro golo nasce de um pontapé de canto que com um remate exterior, ao desviar num jogador de Marrocos, traiu Anbia e colocou o Brasil em Vantagem. Depois Leandro Lino a par de Dyego criaram dois golos fazendo jus aos seus atributos técnicos. A ausência de Pito tem dado minutos a Ferrão. Marrocos iria reduzir por Boumezou, que assumiu a posição de guarda-redes subido, num remate potente e colocado, indefensável para Willian. Destaco a curiosidade do seleccionador do Brasil ter colocado Guitta, o outro guarda-redes da selecção canarinha, quando a sua equipa necessitou de ganhar largura na quadra e obrigar assim, a selecção campeã de África a baixar as suas linhas defensivas tornando-as menos pressionantes. Marrocos rematou mais que o Brasil 40 contra 24 remates, contudo ambos os conjuntos enquadraram o mesmo score: 9. Ucrânia versus Brasil vão discutir o acesso à final.
Ucrânia 9-4 Venezuela
Vitória justa da equipa mais competente. A Venezuela foi uma digna vencida e uma equipa que leva consigo o estatuto da surpresa da prova, ao ter eliminado a poderosa Espanha. Os homens de leste começaram na frente mas a equipa das américas igualou o resultado a 3-3. No entanto, o resultado ao intervalo foi de 5-3 com Abakshyn, o nº 9 dos amarelos, a dar um contributo significativo com três golos. A Ucrânia na 2ª parte foi dominadora e demolidora. Forte nos esquemas tácticos, na hora da finalização, os jogadores definem bem e tomam a melhor opção. Continuo a destacar Sukov, a par de Higuita, são os guarda-redes do mundial, por aquilo que aportam defensiva e ofensivamente aos seus conjuntos. Ofensivamente, formidável técnica dos membros superiores e destreza superior nos membros inferiores. Entre os postes e no seu espaço de acção, zona defensiva, é competente. Nas hostes venezuelanas, destaco Viamonte e Carlos Sanz, entre outros jogadores merecem nota de distinção por aquilo que realizaram no presente mundial. A equipa sul-americana cresceu a olhos vistos com o decorrer da competição.
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