20 nações europeias competem por sete vagas no Uzbequistão 2024

20 nações europeias competem por sete vagas no Uzbequistão 2024, enquanto oito equipas tentarão a qualificação pela primeira vez.

A Ronda de Elite da qualificação da UEFA começa na sexta-feira

Grupos da Ronda de Elite da UEFA

Grupo A: Cazaquistão, Romênia, Azerbaijão, Holanda

Grupo B: Ucrânia, Polónia, Sérvia, Bélgica

Grupo C: Croácia, Eslováquia, França, Alemanha

Grupo D: Espanha, Itália, Eslovénia, Chéquia

Grupo E: Portugal, Geórgia, Arménia, Finlândia

Como funciona

A Ronda de Elite da qualificação da UEFA começa na sexta-feira e termina a 20 de Dezembro. Os cinco vencedores dos grupos classificam-se automaticamente para o Mundial de Futsal da FIFA Uzbequistão 2024, enquanto os quatro melhores segundos colocados entrarão nos play-offs da ronda de elite, dos quais serão conquistados os dois ingressos restantes para a fase final.

Principais concorrentes

O vencer em titulo, Portugal é o grande favorito para vencer o seu grupo, mas as outras potências globais, Cazaquistão e Espanha, enfrentam exames rigorosos. As antigas forças Itália e Ucrânia, que ficaram de fora do último Campeonato do Mundo de Futsal da FIFA, também enfrentam dificuldades, enquanto a Arménia, a Finlândia, a França, a Geórgia, a Alemanha, a Roménia, a Eslováquia e a Eslovénia vão lutar pela primeira vez na história.

Grupo A

Leo Higuita e Douglas Junior transformaram o Cazaquistão numa força global. O guarda-redes artilheiro e o ‘Homem de Ferro’, de 37 e 34 anos, respetivamente, sabem que o Azerbaijão 2024 pode ser sua última chance de se tornarem campeões mundiais. Conseguir um passe para atravessar a fronteira não será fácil. Os brasileiros naturalizados também impulsionaram o Azerbaijão, que ostenta, em Bolinha e Rafael Vilela, estrelas de elite.

A Roménia tem evoluído muito nos últimos anos, com Istvan Hadnagy, Feilpe Oliveira e Andre Luis Sasse capazes de decifrar defesas formidáveis. A Holanda, por sua vez, foi vice-campeã do primeiro Mundial de Futsal e participou dos quatro primeiros, mas desde então não voltou a disputar. Lahcen Bouyouzan será fundamental para as esperanças da Oranje de um retorno surpresa ao grande palco.

“Esta tem sido uma geração de ouro para o Cazaquistão. Esta será provavelmente a nossa última Copa do Mundo. Com certeza será meu. Mas primeiro temos que chegar lá e será muito, muito difícil. A Holanda cresceu muito nos últimos quatro anos, a Roménia tem jogadores muito bons e tradição no futsal e o Azerbaijão tem jogadores excecionais. Teremos que lutar com tudo o que temos.”

Leo Higuita, do Cazaquistão

Grupo B

Uma derrota por 5-2 com a Sérvia, há três anos, ajudou a Ucrânia a falhar o primeiro Mundial de Futsal desde 2000, antes de Ihor Cherniavskiy, Mykhailo Zvarych e companheiros de equipa se vingarem com uma vitória por 6-1 a caminho das meias-finais do EURO do ano passado. . Os Azuis e Amarelos e as Águias, cujas fileiras incluem Jovan Lazarevic e Dorde Rosic, vão agora renovar a rivalidade.

Não que seja uma luta direta entre a Ucrânia e a Sérvia. A Polónia apurou-se para os dois últimos EURO e as suas expectativas de uma primeira fase final mundial em 32 anos aumentaram com o aparecimento do brilhante Mikolaj Zastawnik. A Bélgica tem tudo a fazer, e tem Omar Rahou um pivô que pode ajudar.

Grupo C

A Croácia não participa da Copa do Mundo de Futsal há 23 anos. França, Alemanha e Eslováquia nunca o foram. O Die Mannschaft só disputou a sua primeira selecção em 2016 e é a equipa com a classificação mais baixa ainda na luta pela qualificação, mas o aparecimento de Luis Guilherme, um extremo nascido no Brasil, aumentou a esperança de que possam terminar em primeiro.

Abdessamad Mohammed, que recentemente se tornou o maior marcador de todos os tempos do seu país, é o jogador preferido dos Les Bleues, enquanto Martin Dosa se destacou pelos eslovacos na ronda anterior. O grupo está aberto, mas a presença de Franco Jelovic, Dario Marinovic e Luka Peric garante que os croatas comecem como favoritos naturais.

Grupo D

A Espanha é titã do futsal. Único país além do Brasil a ter vencido vários Campeonatos do Mundo de Futsal, também conquistou sete dos 12 títulos do EURO. Chegar ao Uzbequistão não será, no entanto, fácil para Sergio Lozano, Miguel Mellado, Raul Campos e companhia.

A Itália está entre as nações mais bem-sucedidas da história do desporto e, embora tenha lutado desde que conquistou o segundo título continental em 2014, a sua equipa ainda está repleta de talentos. Alex Merlim, que não disputa finais mundiais há mais de uma década, é um dos jogadores mais voláteis da história do futsal, enquanto Carmelo Musumeci e Motta lhe proporcionam uma companhia formidável.

A Eslovénia registou rápidos progressos nos últimos anos, como evidenciado pelos dois empates com o Cazaquistão, enquanto o guarda-redes Ondrej Vahala e o pivô Michal Seidler dão à República Checa uma oportunidade contra qualquer adversário.

“A Itália caiu significativamentely – em termos do nosso jogo e da nossa posição no ranking. Mas o elenco passou por uma transformação e surgiram alguns jovens talentos. Nosso grupo é realmente difícil. Só saberemos em que nível estamos quando o primeiro jogo chegar.”

Alex Merlim, ala italiano

“Esse grupo é realmente desafiador. Os espanhóis são os favoritos. Em 2021, provamos no segundo tempo que podemos competir com eles (a Checa marcou dois golos contra o da Espanha no segundo período, na derrota nos oitavos de final). Acredito que teremos casa cheia na sexta e tentaremos causar sensação. Nosso objetivo é chegar pelo menos aos play-offs.”

Michal Seidler, ala da República Checa

Grupo E

Portugal está a monopolizar o futsal. Conquistaram os dois últimos títulos europeus e a Lituânia 2021, e contam com uma parcela dos melhores jogadores do planeta, incluindo André Coelho, Pany Varela e o menino maravilha Zicky. A Finlândia e a Geórgia orgulharam-se do seu primeiro EURO no ano passado e vão agora esforçar-se por alcançar o seu primeiro Campeonato do Mundo de Futsal.

Juha-Matti Savolainen e Panu Autio são fundamentais para os finlandeses, enquanto Petry Branco e Thales são fundamentais para os georgianos. A Arménia nunca participou num grande torneio. Luan Muller, que foi recentemente eleito Jogador do Torneio da UEFA Futsal Champions League – um feito incrível para um guarda-redes – é homem capaz de fazer milagres acontecerem.

“Acreditamos que podemos nos classificar. Sabemos que o nosso grupo é difícil, mas acreditamos no trabalho que tem sido realizado e também no nosso plantel, que é forte e experiente.”

Thales, fixo da Geórgia

“Estamos num grupo muito difícil, com outras grandes seleções. Para chegarmos lá teremos que jogar ao mais alto nível, mas sabemos que temos capacidade para alcançar a qualificação.”

Luan Muller, guarda-redes da Armênia

Classificação das seleções da UEFA

1º – Portugal

3º – Espanha

4º – Cazaquistão

5º – Croácia

6º – Ucrânia

7º – Azerbaijão

8º – Sérvia

9º – Geórgia

10º – Eslovênia

11º – Itália