Falcão e Amandinha pedem a entrada da CBF na gestão do futsal



Os maiores nomes da história da modalidade, posicionam-se sobre possível mudança na estrutura da modalidade. Craques participaram do Caioba Game Show nesta segunda-feira

A cada dia que passa aumenta a pressão para a entrada da CBF na gestão do futsal. Responsável por gerir a modalidade no país desde 1979, a CBFS (Confederação Brasileira de Futsal) encontra-se em grave dificuldade financeira, gerando um movimento de transição entre as duas entidades. Nesta segunda, a possível mudança ganhou o apoio dos dois maiores nomes do futsal brasileiro: Falcão e Amandinha. Durante a participação no Caioba Game Show, a dupla demonstrou ser favorável à troca de comando no futsal.

- A CBFS chegou ao nocaute, não tem mais para onde correr, e o estatuto não permite que ex-jogadores façam algo. A única saída para o futsal é ir para a CBF com uma gestão feita por pessoas que conhecem o futsal, pessoas que façam o esporte crescer. Precisamos de eventos atrativos, que tragam o público para cá. Algo do tipo juntar ídolos do passado com os novos talentos para trazer público mesmo - comentou Falcão.

Eleita a melhor jogadora de futsal nos últimos seis anos, Amandinha também deu a sua opinião sobre o assunto. Para ela, a CBF pode trazer melhorias para o naipe feminino assim como vem fazendo com o futebol de campo.
- Eu penso da seguinte forma: a CBFS teve um momento que era essencial para os atletas, tinha qualidade, premiação, colocava os atletas nos melhores hotéis... Quando cheguei foi a época de decadência da CBFS, só perdendo patrocinadores e a gestão foi fugindo. Não temos mais a possibilidade de continuar na CBFS, porque ela não tem mais recursos. Acho que a CBF é o órgão que deve sim pegar o futsal, porque tem o apoio da Fifa e grandes patrocinadores. Creio que a CBF pode fazer com a gente algo parecido com o que vem fazendo com o futebol feminino. Nosso esporte é um produto, ninguém quer ver 10 x 0, as pessoas gostam de competitividade. Torço muito para que ocorra essa transição da CBFS para a CBF para a nossa modalidade mudar de patamar - disse a cearense.

Entenda a questão
O Brasil é o único país filiado à Fifa com uma confederação exclusiva de futsal. Nas demais nações, quem gere a modalidade são as respectivas confederações nacionais de futebol, uma vez que o desporto é chancelado pela Fifa.

Desde 1979, a CBF e a CBFS possuem um acordo de cavalheiros - feito pelos seus antigos presidentes João Havelange e Aécio de Borba Vasconcelos - , que permite à entidade máxima do futebol brasileiro assumir a gestão do futsal quando bem entender.

Em 2017, a CBF chegou a intervir na modalidade ao indicar uma empresa para gerir a seleção de futsal junto à CBFS. A parceria, no entanto, durou menos de seis meses, e a CBFS voltou a ter controlo total do futsal naquele mesmo ano.

Com uma dívida milionária - em 2015, o valor girava em torno de R$ 6 milhões -, a CBFS vem encontrando muitas dificuldades para gerir o futsal brasileiro desde então. Por conta do problema, a CBF vem realizando, desde o início deste ano, um plano de transição para assumir a gestão da modalidade a partir de 2021.

Amandinha fala sobre possibilidade de jogar fora
Na conversa com Falcão e com o apresentador Caio Ribeiro, Amandinha revelou que uma eventual proposta para atuar fora do Brasil seria analisada com calma. Aos 26 anos, a atleta natural de Fortaleza jamais atuou em outro país, uma vez que a mesma se engajou na ideia de fazer o futsal feminino brasileiro crescer e ganhar visibilidade.
- Estou buscando construir a minha história no Brasil. Me inspiro muito na história do Falcão, que sempre jogou aqui, e nunca me senti tentada a jogar na Europa ou outro lugar. Mas nunca se sabe o dia de amanhã, né? Pode ser que um dia eu consiga casar a oportunidade de jogar fora num período em que o futsal esteja parado no Brasil e depois volte. Quem sabe? Coloco nas mãos de Deus - afirmou a melhor do mundo.

Falcão lembra passagem pelo futebol
- Minha passagem pelo futebol começou desde moleque. Passei cinco anos na base do Corinthians e lá tive sete passagens pelo campo. Eu ia a voltava para as quadras toda hora. Em 2001, fui para o Palmeiras, estive lá por 10 dias, mas não chegamos a um acordo. Na Portuguesa fiz uns treinos em 2002, mas não recebi. No São Paulo, eu joguei um jogo bem e no outro jogo eu nem fui relacionado. Virou aquela coisa de "jogador do presidente". Nunca falei com o Leão sobre isso. Eu sabia que podia estar sendo relacionado, o São Paulo me ofereceu um contrato de três anos, mas eu preferi voltar para o futsal, porque eu precisava daquela alegria - concluiu o craque.



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