Portugal vence ex-campeã mundial e olímpica França no arranque do Europeu de andebol

História, foi o que Portugal fez esta noite ao vencer França em Trondheim (28-25), no arranque do Europeu de andebol e está a um triunfo do apuramento.
O Campeonato da Europa que arrancou esta quinta-feira entre Áustria, Suécia e Noruega tem todas as condições para ser um dos mais disputados de sempre mas também não se demorou a perceber que as principais potências vêm com a artilharia pesada, como se percebeu nos triunfos folgados de Alemanha (Holanda, 34-23), Espanha (Letónia, 33-22) e Croácia (Montenegro, 27-21). Seguia-se a vez de Portugal.
Após uma longa ausência de 14 anos, a Seleção Nacional regressava a uma grande competição internacional depois de uma fase de qualificação marcada pelo brilharete diante da França e onde deixou para trás a Roménia. E por curiosidade, esse regresso tinha como “padrinho” o conjunto gaulês, que foi surpreendido em Guimarães por uma equipa de Portugal que fez um encontro a roçar a perfeição e que nunca deixou que o adversário reduzisse o avanço que foi sendo ganho com o passar dos minutos (33-27). Até no jogo em Estrasburgo, que os franceses venceram por 33-24, a equipa de Paulo Pereira esteve “colada” até aos últimos 10/15 minutos onde claudicou. No entanto, assim como qualquer encontro ganha vida própria com o passar dos minutos, também o contexto varia consoante o momento. E este era um momento particular para as duas formações no início do grupo D.
Antiga campeã olímpica (2008 e 2012), mundial (1995, 2001, 2009, 2011, 2015 e 2017) e europeia (2006, 2010 e 2014), a França chegava a este Europeu apostada em recuperar o título numa fase de ressurgimento ao melhor nível também catapultado pela substancial subida da liga nacional e sabia que a margem de erro era nula, tendo ainda em conta que a Noruega está também no grupo e passam apenas duas equipas. Já Portugal, que em termos de Europeus tem um sétimo lugar como melhor presença, sabia que perdera o “fator surpresa” e que não poderia contar com o lateral Gilberto Duarte mas chegava com a ambição de confirmar o estatuto de outsider com que foi descrita nos dias que antecederam a prova. No final, foi essa ambição, essa vontade e esse querer que prevaleceram, com a Seleção Nacional a alcançar uma histórica vitória por 28-25.
A entrada até nem foi a melhor mas pode dizer-se que Portugal teve uma primeira parte ainda melhor em termos globais do que tinha acontecido em Guimarães: apesar de ter entrado a perder por 3-1 e de ter demorado quase cinco minutos a marcar num contra-ataque direto convertido por Pedro Portela após defesa de Quintana, Paulo Pereira conseguiu inverter o sentido do encontro após uma paragem técnica quando os franceses ganhavam por 6-3 pouco depois dos dez minutos: até ao intervalo, a Seleção Nacional teve uma exibição de luxo no plano defensivo, sofrendo apenas três golos durante quase 20 minutos que permitiram virar o jogo para 12-9 antes de dois erros que permitiram a Karabatic reduzir para apenas um golo de avançado ao intervalo (12-11).
Diogo Branquinho, com quatro golos, era o melhor marcador de Portugal, seguido do jovem lateral André Gomes e de Pedro Portela entre um coletivo onde se destacou e muito Quintana e a defesa nacional, que obrigou a apostas diferentes de Didier Dinart na primeira linha ofensivas com Melvyn Richardson e Dika Mem a superarem os 6:0 e 5:1 que a Seleção Nacional ia experimentando. A França conseguiu mesmo passar para a frente aos 39′ com 16-15 no marcador mas a Seleção Nacional nunca “desligou” do resultado, melhorando de novo na retaguarda e tendo mais ligação no jogo com o pivô que deu três golos consecutivos a Salina, Luís Frade e Quintana, aproveitando a ausência de guarda-redes para fazer o 20-18 num lance de baliza a baliza.
Como construir uma casa e conseguir sobreviver
Portugal conseguia surpreender, os muitos adeptos noruegueses presentes puxavam pelo conjunto nacional mas as exclusões acabaram por ser determinantes para o resto do encontro, com a França a empatar a 22 depois de ter estado a perder por três golos. E as dificuldades adensaram-se depois de mais uma exclusão de dois minutos, agora para André Gomes já depois de Luís Frade ter ido para o banco. No entanto, a Seleção conseguiu manter sempre a cabeça fria no plano ofensivo, arriscou o 7×6 e conseguiu mesmo um triunfo histórico por 28-25, ficando apenas a um triunfo da qualificação para a fase seguinte que pode surgir no domingo, diante da Bósnia.
O Campeonato da Europa que arrancou esta quinta-feira entre Áustria, Suécia e Noruega tem todas as condições para ser um dos mais disputados de sempre mas também não se demorou a perceber que as principais potências vêm com a artilharia pesada, como se percebeu nos triunfos folgados de Alemanha (Holanda, 34-23), Espanha (Letónia, 33-22) e Croácia (Montenegro, 27-21). Seguia-se a vez de Portugal.
Após uma longa ausência de 14 anos, a Seleção Nacional regressava a uma grande competição internacional depois de uma fase de qualificação marcada pelo brilharete diante da França e onde deixou para trás a Roménia. E por curiosidade, esse regresso tinha como “padrinho” o conjunto gaulês, que foi surpreendido em Guimarães por uma equipa de Portugal que fez um encontro a roçar a perfeição e que nunca deixou que o adversário reduzisse o avanço que foi sendo ganho com o passar dos minutos (33-27). Até no jogo em Estrasburgo, que os franceses venceram por 33-24, a equipa de Paulo Pereira esteve “colada” até aos últimos 10/15 minutos onde claudicou. No entanto, assim como qualquer encontro ganha vida própria com o passar dos minutos, também o contexto varia consoante o momento. E este era um momento particular para as duas formações no início do grupo D.
Antiga campeã olímpica (2008 e 2012), mundial (1995, 2001, 2009, 2011, 2015 e 2017) e europeia (2006, 2010 e 2014), a França chegava a este Europeu apostada em recuperar o título numa fase de ressurgimento ao melhor nível também catapultado pela substancial subida da liga nacional e sabia que a margem de erro era nula, tendo ainda em conta que a Noruega está também no grupo e passam apenas duas equipas. Já Portugal, que em termos de Europeus tem um sétimo lugar como melhor presença, sabia que perdera o “fator surpresa” e que não poderia contar com o lateral Gilberto Duarte mas chegava com a ambição de confirmar o estatuto de outsider com que foi descrita nos dias que antecederam a prova. No final, foi essa ambição, essa vontade e esse querer que prevaleceram, com a Seleção Nacional a alcançar uma histórica vitória por 28-25.
A entrada até nem foi a melhor mas pode dizer-se que Portugal teve uma primeira parte ainda melhor em termos globais do que tinha acontecido em Guimarães: apesar de ter entrado a perder por 3-1 e de ter demorado quase cinco minutos a marcar num contra-ataque direto convertido por Pedro Portela após defesa de Quintana, Paulo Pereira conseguiu inverter o sentido do encontro após uma paragem técnica quando os franceses ganhavam por 6-3 pouco depois dos dez minutos: até ao intervalo, a Seleção Nacional teve uma exibição de luxo no plano defensivo, sofrendo apenas três golos durante quase 20 minutos que permitiram virar o jogo para 12-9 antes de dois erros que permitiram a Karabatic reduzir para apenas um golo de avançado ao intervalo (12-11).
Diogo Branquinho, com quatro golos, era o melhor marcador de Portugal, seguido do jovem lateral André Gomes e de Pedro Portela entre um coletivo onde se destacou e muito Quintana e a defesa nacional, que obrigou a apostas diferentes de Didier Dinart na primeira linha ofensivas com Melvyn Richardson e Dika Mem a superarem os 6:0 e 5:1 que a Seleção Nacional ia experimentando. A França conseguiu mesmo passar para a frente aos 39′ com 16-15 no marcador mas a Seleção Nacional nunca “desligou” do resultado, melhorando de novo na retaguarda e tendo mais ligação no jogo com o pivô que deu três golos consecutivos a Salina, Luís Frade e Quintana, aproveitando a ausência de guarda-redes para fazer o 20-18 num lance de baliza a baliza.
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Portugal conseguia surpreender, os muitos adeptos noruegueses presentes puxavam pelo conjunto nacional mas as exclusões acabaram por ser determinantes para o resto do encontro, com a França a empatar a 22 depois de ter estado a perder por três golos. E as dificuldades adensaram-se depois de mais uma exclusão de dois minutos, agora para André Gomes já depois de Luís Frade ter ido para o banco. No entanto, a Seleção conseguiu manter sempre a cabeça fria no plano ofensivo, arriscou o 7×6 e conseguiu mesmo um triunfo histórico por 28-25, ficando apenas a um triunfo da qualificação para a fase seguinte que pode surgir no domingo, diante da Bósnia.
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