Amandinha: “Vivo uma realidade de exceção”
Amandinha, que no último domingo se sagrou campeã mundial interclubes pelas Leoas da Serra, conversou com o ND e agradeceu o momento que "trabalhou muito" para desfrutar
“Vivo uma realidade de exceção proporcionada pelo meu clube”. Essa descrição é da Amanda Lyssa de Oliveira Crisóstomo, a Amandinha, 24 anos, melhor jogadora do mundo de futsal nos últimos cinco anos. Ainda que não precisasse, ela ganhou (mais) notoriedade nesse final de semana ao, junto do Leoas da Serra, sagrar-se campeã mundial ao bater o Atlético Navalcarnero-ESP.
Amandinha tem 1,57m de altura, é natural de Fortaleza e é fruto de um projeto social no Ceará. A sua evolução, em menos de dez anos, é meteórica. Saiu da região Nordeste a convite de uma equipa de Brusque com apenas 15 anos. Foram seis anos até chegar à Lages onde passou a defender as cores do Leoas da Serra. Apesar do tamanho das suas conquistas, Amandinha vê a valorização “longe do ideal”.
“A visibilidade aumentou, mas ainda longe do ideal. As condições financeiras e de estrutura ainda são insuficientes. Eu vivo uma realidade de exceção proporcionada pelo meu clube, mas eu quero lutar para que toda a modalidade tenha essas condições”, descreveu.
Mesmo diante de uma atuação de luxo, Amandinha “brincou” com o lance em que ela aplicou na adversária, mas falou com respeito.
“Fico feliz com a atuação, com a repercussão, porque trabalhei muito duro para isso. Quanto ao drible, até a Leti (que estava me marcando) brincou que não param de perguntar como está a coluna dela. Mas foi só um lance de jogo que precisei usar um recurso diferente. Não é um drible que define a mim e nem a ela. Mas o brasileiro adora uma zoação e a gente entra na onda”, sorriu a craque.
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